Por Fátima Neves
É sabido que o contato com os animais melhora o estado geral do paciente pelos inúmeros benefícios que a interação homem-animal promove. É sabido que os pacientes hospitalizados sentem muita falta de seus animais de estimação, visto que dos familiares conseguem receber visitas, dos animais não.
Não conseguiam. O Hospital Albert Einstein lançou essa semana um programa de visitação aos pacientes. É louvável a atitude do hospital e acreditamos que tão renomado hospital esteja respeitando todos os cuidados necessários para o sucesso dessa iniciativa.
Os cães terapeutas do INATAA visitam hospitais há 8 anos. Para isso fazemos questão de assegurar o mínimo risco para todas as partes envolvidas. Nossos cães fazem exame parasitológico de fezes a cada 4 meses para evitar qualquer risco de verminose. Nossas cães obedecem a um protocolo rígido de vacinação, com base em grupos mundiais, que assegura que a transmissão de zoonoses partindo do animal não ocorrerá.
Nossos voluntários e profissionais recebem treinamento com relação à higienização de suas mãos e das patas dos animais, para evitar-se o caminho inverso: a transmissão de zoonose do humano para o animal. Além disso precisamos evitar que o cão seja veículo de transmissão das bactérias que vivem em ambientes hospitalares.
Além disso, nossos cães são totalmente socializados e acostumados às particularidades de um hospital: sons, cheiros, roupas, movimentos, aparelhos. Um cãozinho que só fica dentro de casa pode se apavorar num local como esse e sofrer muito. Pode ficar estressado se encontrar com outros cães, que como ele estão visitando seus tutores.